O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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NATO CERCA E PROVOCA A RÚSSIA NO ÁRTICO

Fuzileiros navais norte-americanos não precisam de jogos de guerra para se deslocar à Noruega; têm uma presença permanente no país

2020-03-01

Michael T. Clare*, TomDispatch/O Lado Oculto

Em Março, cerca de 7500 efectivos de combate norte-americanos viajam para a Noruega, onde se juntarão a milhares de soldados de outros países da NATO numa imensa batalha simulada contra forças “invasoras” russas. Neste empenhamento com carácter futurista – que tem o nome de Cold Response (Resposta Fria) 2020 – as forças aliadas “realizarão exercícios multinacionais conjuntos num cenário de combate de alta intensidade em exigentes condições de Inverno”, explicam os militares noruegueses. À primeira vista parece ser mais um dos jogos de guerra da NATO mas, pensando melhor, o Cold Response 2020 nada tem de comum. Em primeiro lugar, é encenado acima do Círculo Polar Ártico, longe de qualquer anterior campo de batalha tradicional da NATO; e eleva para um novo nível a possibilidade de um conflito de grandes dimensões que pode terminar num confronto nuclear e na aniquilação mútua. Bem-vindos, por outras palavras, ao mais novo campo de batalha da Terceira Guerra Mundial.

Para os soldados que participam nas manobras as dimensões potencialmente termonucleares do Cold Response 2020 podem não ser óbvias. No início, fuzileiros navais dos Estados Unidos e do Reino Unido farão desembarques massivos em veículos anfíbios ao longo da costa da Noruega, tal como procedem habitualmente em outros lugares do mundo. Uma vez em terra, no entanto, o cenário torna-se cada vez mais diferente. Depois de se apropriarem de tanques e outras armas pesadas “pré-posicionadas” em cavernas no interior da Noruega, os fuzileiros navais seguirão em direcção à região de Finnmark, no extremo norte do país, para ajudar as forças norueguesas a evitar as forças russas que supostamente atravessam a fronteira. A partir de então os dois lados envolver-se-ão – usando a terminologia actual do Pentágono – em operações de combate de alta intensidade sob as condições do Ártico (um tipo de guerra jamais praticado desde a Segunda Guerra Mundial).

Trata-se apenas do começo. Sem que a maioria dos norte-americanos e os cidadãos dos outros países da NATO tenham conhecimento, a região de Finnmark na Noruega e o território russo adjacente tornaram-se um dos campos de batalha mais prováveis para a primeira utilização de armas nucleares num qualquer eventual conflito entre a aliança e a Rússia. Como Moscovo concentrou uma parte significativa da sua capacidade de retaliação nuclear na Península de Kola, uma remota faixa de terra adjacente ao norte da Noruega, qualquer êxito de forças Estados Unidos/NATO num combate real com forças russas situadas nas imediações colocaria em risco uma parte significativa do arsenal nuclear da Rússia e, portanto, poderia precipitar o uso precoce de tais munições. Mesmo uma vitória simulada – o resultado previsível do Cold Response 2020 – sem dúvida deixará os sistemas de controlo nuclear da Rússia no limite.

Para avaliar como seria perigoso um conflito entre a Rússia e a NATO no extremo norte da Noruega basta ter em conta a geografia da região e os factores estratégicos que levaram a parte russa a concentrar tanto poder militar nessa zona. E tudo isto acontece, a propósito, no contexto de outro perigo existencial, o das mudanças climáticas. A fusão da calote de gelo do Ártico e a exploração acelerada dos recursos desta região sensível estão a atribuir-lhe um significado estratégico cada vez mais importante.

Turbilhão económico e militar

Observando qualquer mapa da Europa conclui-se que a Escandinávia se vai alargando para sul, onde se situam as áreas mais densamente povoadas da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia. Para norte estreita-se e torna-se menos povoada. No extremo norte, apenas uma estreita faixa da Noruega se projecta para leste, onde toca a Península de Kola, na Rússia. Ao norte, o Mar de Barents, uma ramificação do Oceano Glacial Ártico, banha as duas partes. Esta remota região – que dista aproximadamente 1300 quilómetros de Oslo e 1450 quilómetros de Moscovo – tornou-se, nos últimos anos, um turbilhão de actividades económicas e militares.

Procurada antes como fonte de minérios vitais, especialmente de níquel, de ferro e também de fosfatos, esta zona remota é agora o centro de extracção extensiva de petróleo e gás natural. Com as temperaturas a subir no Ártico a uma velocidade duas vezes superior ao que acontece em qualquer outro lugar do planeta e o gelo dos mares recuando cada vez mais para norte, ano após ano, a exploração de combustíveis fósseis offshore torna-se cada vez mais viável. Como consequência, grandes reservas de petróleo e gás natural foram detectadas sob o Mar de Barents e tanto a Noruega como a Rússia estão a tentar explorar esses recursos. A Noruega assumiu a liderança criando em Hammerfest, na região de Finnmark, as primeiras instalações industriais do mundo acima do Círculo Polar Ártico para exportar gás natural liquefeito (GNL). De maneira semelhante, a Rússia iniciou esforços para explorar o gigantesco campo de gás de Shtokman, no seu sector do Mar de Barents, embora não tenha ainda concretizado esses planos.

Para a Rússia, as perspectivas ainda mais importantes de obtenção de petróleo e gás estão um pouco a leste, nos mares de Kara e Pechora e na Península de Yamal, uma delgada extensão da Sibéria. Empresas russas do sector energético já começaram a extrair petróleo no campo de Prirazlomnoye, no Mar de Pechora, e no campo de Novoportovskoye, naquela península, onde existe também gás natural. Estes campos são prometedores para a Rússia, que exibe muitas das características de uma entidade petro-estatal, mas têm um problema: a única maneira de transportar essa produção para os mercados é através de navios-tanque quebra-gelos especialmente projectados, enviados através do Mar de Barents, ao norte do norte da Noruega.

A exploração de recursos de petróleo e gás no Ártico e o seu transporte para mercados na Europa e na Ásia tornaram-se uma grande prioridade económica para Moscovo, à medida que as suas reservas de hidrocarbonetos abaixo do Círculo Polar Ártico estão a diminuir. Apesar das iniciativas internas no sentido de uma maior diversidade económica, o sistema russo continua a insistir em centralizar o futuro económico do país na produção de hidrocarbonetos. Neste contexto, a produção no Ártico tornou-se um objectivo nacional essencial e que, por sua vez, exige a garantia do acesso ao Oceano Atlântico através do Mar de Barents e das águas territoriais da Noruega. Esta via pode considerar-se tão vital para a economia energética da Rússia como o Estreito de Ormuz, que liga o Golfo Árabe-Pérsico ao Oceano Índico, é para os sauditas e outros produtores de combustíveis fósseis.

A dimensão militar

Tal como as gigantescas empresas russas do sector energético, também a Marinha de Guerra da Rússia entra no Atlântico através do Mar de Barents e passando ao norte da Noruega. Além dos portos do Mar Báltico e do Mar Negro, com acesso ao Atlântico através de passagens facilmente obstruíveis pela NATO, o único porto russo com acesso sem restrições ao Atlântico é o de Murmansk, na Península de Kola. Não surpreende, por isso, que este porto seja também a base da Frota do Norte da Rússia – a mais poderosa do país – e que a região abrigue ainda numerosas bases aéreas, de infantaria, de mísseis e radares, além de estaleiros navais e reactores nucleares. Por outras palavras, está entre as áreas militares mais sensíveis de hoje na Rússia. 

Nestas circunstâncias, o presidente Putin tem vindo a reconstruir substancialmente essa frota, que deixara de merecer atenção imediatamente a seguir ao colapso da União Soviética, equipando-a com alguns dos navios de guerra mais avançados do país. Em 2018, de acordo com The Military Balance, uma publicação do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a Frota do Norte integra o maior número de cruzadores e contratorpedeiros modernos (10) de qualquer frota russa, além de 22 submarinos de ataque e numerosos navios de apoio. Na área de Murmansk estão também dezenas de aviões de combate MIG avançados e uma ampla variedade de sistemas de defesa antiaérea. E em finais de 2019, oficiais russos revelaram pela primeira vez que foi implantado no Ártico o míssil balístico Kinzhal, arma com velocidade hipersónica (cinco vezes a do som), presumivelmente numa base da região de Murmansk, a apenas 250 quilómetros de Finnmark, na Noruega, o local dos exercícios da NATO.

Mais significativo ainda é o modo como Moscovo tem fortalecido as suas forças nucleares na região. Tal como os Estados Unidos, a Rússia mantém uma “tríade” de sistemas de lançadores nucleares, incluindo mísseis balísticos continentais (ICBM), bombardeiros “pesados” com longa autonomia e mísseis balísticos disparados de submarinos (SLBM). Nos termos do novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (novo START), assinado em 2010 por Washington e Moscovo, a parte russa não pode implantar mais de 700 sistemas de lançamento capazes de transportar mais de 1550 ogivas. Este tratado irá expirar em Fevereiro de 2021, a não ser que os dois lados concordem em prorrogá-lo, o que parece cada vez mais improvável na era Trump. Segundo a Associação para o Controlo de Armamentos, crê-se que a parte russa esteja actualmente a implantar as ogivas permitidas pelo tratado em 66 bombardeiros pesados, 286 ICBM e 12 submarinos com 160 SLBM. Oito desses submarinos nucleares pertencem, de facto, à Frota do Norte, o que significa que cerca de 110 mísseis com um máximo de 500 ogivas – os números exactos estão cobertos por sigilo – estejam implantados na área de Murmansk.

Segundo os estrategos militares russos, estes submarinos com armas nucleares são considerados os que têm maior capacidade de sobrevivência entre os sistemas de retaliação do país. No caso de conflito nuclear com os Estados Unidos, os bombardeiros pesados e os ICBM poderão ser relativamente vulneráveis a “ataques preventivos”, já que a sua localização é conhecida, podendo ser alvo de bombas e mísseis norte-americanos com precisão quase absoluta. Os submarinos, porém, podem deixar Murmansk e desaparecer no imenso Atlântico no início de qualquer crise, permanecendo escondidos dos olhos espiões norte-americanos. Para o fazer, contudo, necessitam de passar pelo Mar de Barents evitando as forças da NATO, à espreita nas proximidades. Por outras palavras, para Moscovo a própria possibilidade de impedir um ataque nuclear dos Estados Unidos depende da sua capacidade para defender a fortaleza naval de Murmansk enquanto manobra os seus submarinos através da região de Finnmark, na Noruega. Não é de admirar, portanto, que esta área tenha assumido uma enorme importância estratégica na planificação militar russa – pelo que as manobras da NATO Cold Response 2020 representam um desafio a essa tarefa. 

Ártico: uma fixação de Washington

Durante a guerra fria Washington encarou o Ártico como uma significativa arena estratégica e construiu uma sucessão de bases militares em toda a região. O principal objectivo: interceptar bombardeiros e mísseis soviéticos atravessando o Polo Norte em direcção a supostos alvos na América do Norte. Depois da implosão da União Soviética, em 1991, os Estados Unidos abandonaram algumas dessas bases. No entanto, com o Pentágono dedicado à sua “grande competição pelo poder” com a Rússia e a China como ambiente estratégico actual muitas dessas bases estão a ser reocupadas, enquanto vão surgindo outras de raiz. O Ártico volta novamente a ser considerado um potencial local de conflito com a Rússia e, como resultado disso, forças norte-americanas preparam-se para um eventual combate.

O secretário de Estado norte-americano, Michael Pompeo, foi quem primeiro apresentou essa nova perspectiva estratégica durante o Fórum do Ártico, realizado em Maio passado na Finlândia. No seu discurso, uma espécie de apresentação de uma “doutrina Pompeo”, afirmou que os Estados Unidos estão em fase de transição de uma fase de negligência benigna na região para o envolvimento agressivo e a militarização. “Estamos a entrar numa nova era de empenhamento estratégico no Ártico” devido às “novas ameaças” à região, “aos seus recursos económicos e aos interesses que aí temos”, anunciou. Para proteger melhor “esses interesses” contra a “ameaça” militar russa “estamos a fortalecer a presença diplomática e militar da América na área organizando exercícios militares, aumentando a presença de forças, reconstruindo a frota de quebra-gelos, expandindo o financiamento da Guarda Costeira e criando um novo posto militar sénior para os Assuntos Árticos”.

O Pentágono não quis fornecer muitos pormenores, mas uma leitura atenta da imprensa militar sugere que essa actividade esteja a ser focada principalmente no norte da Noruega e em águas adjacentes. Para começar, o Corpo de Fuzileiros Navais estabeleceu uma presença permanente neste país. Trata-se da primeira vez que tal acontece desde que as tropas alemãs ocuparam a Noruega durante a Segunda Guerra Mundial. Um destacamento de 330 fuzileiros navais foi instalado inicialmente perto do porto de Trondheim, em 2017, presumivelmente para ajudar a proteger as grutas situadas nas imediações e que contêm centenas de tanques e veículos de combate dos Estados Unidos. Dois anos mais tarde, um grupo semelhante foi enviado para a região de Troms, acima do Círculo Polar Ártico e muito mais perto da fronteira russa.

Do ponto de vista russo, ainda é mais ameaçadora a construção de uma estação de radar norte-americana na ilha norueguesa de Vardo, a cerca de 60 quilómetros da Península de Kola. São instalações para ser operadas em conjunto com os serviços de espionagem noruegueses e o seu objectivo é acompanhar os movimentos dos submarinos russos portadores de mísseis, possivelmente para os alvejar e eliminar como primeiro acto de um ataque. Moscovo está preocupado com esse movimento e a prova disso é a simulação de ataque contra as instalações de Vardo realizada em 2018 com 11 bombardeiros supersónicos SU-24 em linha recta em direcção à ilha, afastando-se nos limites. A parte russa transferiu uma bateria de mísseis de superfície para um local que dista apenas 60 quilómetros de Vardo.

Além disso, em Agosto de 2018 a Marinha dos Estados Unidos decidiu reactivar a Segunda Esquadra, anteriormente retirada do activo no Atlântico Norte. “Uma nova Segunda Esquadra aumenta a nossa flexibilidade estratégica para responder da Costa Leste ao Mar de Barents”, declarou, na ocasião, o chefe de operações navais, almirante John Richardson. A esquadra foi declarada plenamente operacional em finais de 2019.

Descodificando o Cold Response 2020

Os jogos de guerra Cold Response 2020 da NATO devem ser encarados no contexto de todos estes desenvolvimentos. Poucas informações relevantes foram divulgadas, mas não é difícil antever parte do cenário: um hipotético confronto entre os Estados Unidos e a Rússia que conduza à realização de ataques russos com o objectivo de tomar a estação de radar em Vardo e os meios defensivos da Noruega em Bodo, na costa noroeste do país. A invasão terrestre será mais lenta, mas não travada pelas forças norueguesas (e os fuzileiros norte-americanos estacionados na região), enquanto milhares de reforços oriundos de bases da NATO noutras partes da Europa começam a chegar. A sua chegada – como acontece nos filmes com o aparecimento da cavalaria – mudará a maré e os russos serão obrigados a recuar.

Não interessa qual será o cenário oficial para consumo da propaganda bélica e da comunicação social: para os estrategos do Pentágono nada andará longe disto. Qualquer ataque russo a instalações militares norueguesas seria, muito possivelmente, precedido por um intenso bombardeamento aéreo e com mísseis, além do avanço de importantes navios de guerra. Este quadro provocaria movimentos comparáveis dos Estados Unidos e da NATO, que resultariam em recontros violentos e grandes perdas de ambos os lados. Neste processo, as principais forças de retaliação da Rússia estariam em risco, pelo que seriam rapidamente colocadas em alerta máximo, com oficiais seniores operando no modo gatilho. Qualquer passo em falso pode levar ao que a humanidade teme desde Agosto de 1945: um apocalipse nuclear no planeta Terra.

Não há como saber até que ponto estas considerações estão incorporadas no cenário do Cold Response 2020, mas certamente não serão ignoradas. Na realidade, a versão de 2016 destes perigosos jogos de guerra envolveu a participação de três bombardeiros nucleares B-52 do Comando Estratégico dos Estados Unidos, revelando que os militares norte-americanos estão plenamente cientes dos riscos de escalada de qualquer encontro de âmbito largo entre Washington e Moscovo no Ártico.

Em suma, o que de outra forma poderia parecer uma rotineira manobra de treino numa parte distante do mundo é, na verdade, parte da estratégia emergente dos Estados Unidos para cercar a Rússia numa zona defensiva crítica, uma abordagem que pode trazer no bojo as intenções de uma guerra nuclear “limitada”, como ainda recentemente foi tema de um exercício do Pentágono. A parte russa está ciente disso e assistirá certamente com apreensão aos jogos de guerra Cold Response 2020. Os receios de Moscovo são compreensíveis – e todos devemos preocupar-nos com atitudes que aparentemente incorporam um tão elevado risco de escalada e morte. Não estamos, como é óbvio, num contexto de duas entidades que se enfrentam e se provocam mutuamente: há uma que se movimenta através do planeta para cercar e outra, a cercada, que cuida da sua defesa no seu território.

Desde que a União Soviética se dotou com armas nucleares, em 1949 – no seguimento dos crimes de guerra norte-americanos contra Hiroxima e Nagasaki -, os analistas têm vindo a interrogar-se como, onde e quando se iniciará uma guerra nuclear total – normalmente designada Terceira Guerra Mundial. Nessa época temia-se que tal cenário incendiário ocorresse na cidade dividida de Berlim ou ao longo da fronteira entre os dois Estados alemães. Terminada a guerra fria muitos supuseram que os medos decorrentes de um cenário tão letal iriam evaporar-se. Mas não, a parte norte-americana continua a alimentá-los fabricando inimigos através do planeta, cercando-os, criando condições para os provocar militarmente, seja através de actos de guerra seja através de jogos de guerra como o Cold Response 2020 da NATO. Hoje, a perspectiva de uma Terceira Guerra Mundial vai ganhando contornos e, desta, feita, até no Ártico um incidente pode provocar a faísca do juízo final ou Armagedão.

*Professor emérito de cinco faculdades em matérias associadas aos estudos de paz e segurança mundial no Hampshire College e investigador sénior da Associação do Controlo de Armas. O artigo baseia-se no seu livro recém-publicado “A Perspectiva do Pentágono sobre as Mudanças Climáticas” (Metropolitan Books)




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