O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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ENTENDER CUBA E OS SEUS INIMIGOS

A agressão norte-americana a Cuba é sobejamente conhecida (mas insuficientemente reconhecida), feita sem qualquer pejo moral ou intenção de maior ocultamento. O bloqueio, imposto a Cuba pelos Estados Unidos, desde 1960, é uma das condicionantes de maior peso a considerar na análise da sociedade cubana e dos eventos últimos. Um documento (datado de 1998 e hoje de acesso público) publicado pela “National Security Research Division”' da RAND Corporation, instituição de pesquisa ligada aos meios militares norte-americanos, coloca como único objectivo a mudança de regime, ou seja, o abandono da via socialista seguida por Cuba, estabelecendo uma metodologia para alcançar aquele propósito.

O ESPELHO DE JOSEPH BIDEN

O presidente dos Estados Unidos da América chamou “assassino” ao presidente da Federação Russa. E assegurou que ele irá pagar por isso. Ora quando estão envolvidas no assunto as duas principais potências nucleares mundiais e a ameaça é tão assertiva, na sequência do insulto, percebe-se que uma tão peculiar espécie de diplomacia não tem a ver com azedumes pessoais, jogando antes com a vida de todos nós.

UM ENCONTRO QUE INCOMODOU OS DONOS DO MUNDO

O primeiro encontro desde o século VII entre um Papa católico romano e um líder espiritual xiita, considerado este como uma “fonte de emulação”, foi um divisor de águas sob qualquer ponto de vista histórico. Será preciso que passe muito tempo para avaliar todas as implicações da imensamente intrigante conversa frente a frente de 50 minutos, apenas na presença de intérpretes, entre o Papa Francisco e o Grande Ayatollah Sistani na sua humilde casa situada num beco de Najaf, perto do deslumbrante santuário do Imã Ali.

PRESIDENCIAIS E SOBERANIA NACIONAL

Empestadas pelo lixo mediático atulhado de superficialidades, ausência de ideias e pela irresponsável tentação de branqueamento do fascismo, as eleições presidenciais em Portugal estão praticamente vazias de temas nobres e essenciais que deveriam estar no centro de cada consulta eleitoral como é, entre outros, o caso da soberania nacional.

O ANO DAS COBAIAS HUMANAS

É fácil, e óbvio, designar 2020 como o ano do vírus, ou da Covid ou de qualquer outra coisa aparentada. Mas não será correcto. A verdadeira história do SARS-CoV-2 está toda por contar, desde as origens às confusas estatísticas, sejam as relacionadas com as causas de mortes sejam as resultantes de diagnósticos feitos com base em testes que não foram criados para fazer diagnósticos. Terá, portanto, de passar muito tempo até que se percebam todas as vertentes da pandemia de Covid-19 e respectivos efeitos sobre a formatação do mundo em que vivemos. E o mais certo é sermos confrontados com a inevitabilidade das consequências sem jamais nos ser dada a possibilidade de conhecer como na realidade tudo começou e se desenvolveu, desde a deslavada mentira do “vírus de Wuhan” – que já andava por outras partes do mundo antes de ser identificado na China – até à gigantesca campanha de terror global montada paralelamente à declaração de pandemia.

ABSURDO À SOLTA: COMO ESCAPAR À COVID EM CASO DE ATAQUE NUCLEAR

Uma agência governamental norte-americana publicou uma série de instruções aos cidadãos sobre como se protegerem da COVID-19 em caso de ataque nuclear, não dispensando sequer as máscaras, o gel e o distanciamento social nos abrigos. Como se as consequências de um ataque nuclear fossem geríveis num cenário de normalidade. Não se trata apenas de uma iniciativa absurda: pretende criar a sensação de que a guerra nuclear é compatível com a vida quotidiana, sobressaltada apenas por algumas emergências. Uma estratégia de propaganda cada vez mais dominante e perigosa.

O PARAÍSO DOS MAGNATAS

Meio milhar de indivíduos celebram os tempos em que vivemos enquanto a democracia vai ficando suspensa com sintomas de irreversibilidade, as grandes massas, ansiosas, disputam o acesso a vacinas produzidas com métodos de manipulação genética jamais experimentados em seres humanos e as economias nacionais se afundam.

NOVO IMPERADOR, VELHO IMPÉRIO

Resultados considerados oficiais dão vitória a Joe Biden nas eleições norte-americanas. No caos reinante em todo o processo eleitoral, e tendo em conta as denúncias de situações fraudulentas, a proclamação é apenas provisória mas, na realidade, é o que menos interessa. Seja qual for o vencedor proclamado ou o que vier a ser empossado em 20 de Janeiro, os Estados Unidos continuarão a portar-se internacionalmente como um país fora de lei enquanto, internamente, lidarão com uma degradação social cada vez mais difícil de disfarçar. Os partidos financiados pelo Big Business fizeram o seu jogo quadrienal, mas em relação a isso há um aspecto que salta aos olhos de todos: a consulta eleitoral sofreu de todos os males que Washington costuma denunciar noutros países e que servem para justificar mudanças de regime, golpes de Estado ou mesmo invasões militares. É a lei do império, mas um império em decadência: atentem nos dois candidatos a imperadores.

O “ASSASSÍNIO” DE NAVALNY: UM GUIÃO SEM PÉS NEM CABEÇA

Alexei Navalny, o político fascista russo endeusado no Ocidente como uma grande figura da oposição a Putin – mas que está longe de tirar o sono ao Kremlin – sobreviveu miraculosamente ao mortífero veneno Novichok. Saiu-se tão bem como há dois anos o agente duplo Skripal, aparentemente são como um pero depois de ter sido dado como praticamente morto. Das três uma: ou Navalny e Skripal são super-homens, ou o Novichok perdeu potencialidades em termos de letalidade ou simplesmente nunca houve Novichok nestas histórias para entreter telejornais e alimentar a guerra contra a Rússia. Histórias mal contadas, que não têm factualmente pés nem cabeça, mas que são levadas a sério e podem gerar convulsões de consequências imprevisíveis. Assim funciona a propaganda que tomou as rédeas da informação.

NEGACIONISMO E “CAPITALISMO VERDE” SÃO AMBOS INIMIGOS DO AMBIENTE

Perante o cenário catastrófico que se anuncia como consequência do aquecimento global, os poderes fácticos do capitalismo internacional oscilam entre duas estratégias: uma campanha de negação das provas científicas que pretende apresentá-las como uma “ideologia”; e uma estratégia de promoção de um “capitalismo verde” ou “sustentável” que promove acordos internacionais que não passam de farsas e promove uma reconversão parcial e limitada dos sistemas produtivos enquanto fortalece o modelo de acumulação e exploração capitalista.

ASSANGE E A MISÉRIA DO JORNALISMO

O silêncio guardado pela comunicação social corporativa em relação ao linchamento judicial de Julian Assange e da liberdade de informação que está a decorrer em Londres testemunha o estado de miséria a que chegou o jornalismo dominante, capturado pelos grandes interesses minoritários e elitistas que controlam o mundo.

A BRIGADA DOS FILANTROPOS

A filantropia está na moda. Não se trata apenas da tradicional caridadezinha, os que podem aos que precisam, mas de qualquer coisa muito mais grandiosa e assegurada por nomes sonantes da elite que nos governa à escala global, dir-se-ia que compadecidos das desigualdades gritantes, compungidos com as injustiças avassaladoras. Mergulham as mãos nos seus biliões e espalham uns trocos no apoio a causas fracturantes e que mobilizam a consciência de grande parte da humanidade. É certo que isso não os impede de serem cada vez mais ricos, antes pelo contrário, mas quem pode levar-lhes a mal? O mundo é assim!...

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