CANDITADO DO MAS À FRENTE NA BOLÍVIA
2020-03-17
Luís O. Nunes, La Paz; Exclusivo O Lado Oculto
Luis Arce, candidato do Movimento para o Socialismo (MAS) do presidente deposto Evo Morales, segue distanciado na frente das sondagens para as eleições presidenciais previstas para Maio na Bolívia.
O ex-ministro da Economia de Morales e um dos rostos de anos sucessivos de crescimento económico e de redução da pobreza está com 33,3% das intenções de voto, segundo a mais recente sondagem da empresa Ciesmori, uma subida de dois pontos percentuais em relação à consulta anterior. Seguem-no o ex-presidente Carlos Mesa, segundo classificado nas eleições anteriores a mais de 10 pontos de Morales, com 18%; e a usurpadora fascista e “presidente” saída do golpe de Estado, Jeanine Añez, com 16%.
Entre os restantes candidatos que ainda continuam na corrida o mais bem posicionado é o fascista e terrorista Luis Fernando Camacho “El Macho” do partido Creemos, com 7,1%.
De notar que Luis Arce foi indicado como candidato do MAS porque as autoridades golpistas proibiram arbitrariamente as candidaturas do presidente eleito Evo Morales e do seu vice-presidente, Álvaro García Linera, ambos ainda no exílio.
Dirigentes do MAS consideraram estes resultados da sondagem como uma “pequena amostra” do que sentem os bolivianos. Os números dizem respeito a estudos de opinião efectuados já em Março
De acordo com as leis eleitorais ainda em vigor na Bolívia, será eleito à primeira volta o candidato que obtenha mais de 40% e mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo candidato mais votado.
Os resultados das sondagens, na actual situação boliviana, não passam de meros indicadores uma vez que não existem condições políticas de expressão plena de todas as candidaturas, sobretudo a de Luis Arce. As autoridades golpistas mantêm o clima de violência, repressão e cerceamento de direitos contra as estruturas do MAS e a candidatura de Luis Arce e, principalmente, contra as comunidades indígenas, a mais importante base social do Movimento para o Socialismo e dos governos de Evo Morales.
Vários estudos independentes recentemente publicados nos Estados Unidos revelam que não existem provas de que as anteriores eleições, vencidas por Morales na primeira volta, tenham sido viciadas ou adulteradas.