O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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BOLÍVIA, ONDE O FASCISMO NÃO PASSOU

O fascismo latino-americano e os seus tutores norte-americanos acabam de sofrer uma contundente derrota na Bolívia, onde o povo teve a força suficiente para vergar o golpe de Estado e construir uma vantagem nas urnas suficiente para frustrar todas as tentativas e manobras internas e externas para minar as eleições e tentar institucionalizar a ditadura. Os pouco mais de dez pontos de vantagem alcançados por Evo Morales na vitória que lhe foi retirada em 2019 transformaram-se agora em 20 pontos e no apoio de mais de metade dos eleitores a Luís Arce, representante do Movimento para o Socialismo (MAS) e ex-ministro da economia. Uma vitória que não deixa margem para dúvidas e torna ainda mais vergonhosos os apoios activos ou silenciosos que foram dados ao golpe fascista por instâncias internacionais, entre elas a União Europeia e os seus governos.

O NEOLIBERALISMO, O VÍRUS E A EUGENIA

Escrevo num momento em que apenas a China e a Coreia do Sul parecem estar a ter algum tipo de controlo sobre a pandemia de coronavírus. O pacote de estímulo à economia de dois biliões de dólares anunciado pelo governo dos Estados Unidos não contempla a protecção ao emprego, o congelamento das rendas de casa ou apoios significativos aos rendimentos da maioria das pessoas. Onde poderemos procurar analogias que nos ajudem a entender este momento? A crise da SIDA? A crise económica de 2008? A SARS (Síndrome Agudo Respiratório Grave) de 2002-2004?

GOLPE ESCONDIDO COM TUDO DE FORA

A Bolívia já tem o seu Guaidó. Aliás, uma. Chama-se Jeanine Añez e autoproclamou-se presidente da República depois de se autoproclamar presidente do Senado numa sessão sem quórum. Diz-se que tudo decorreu segundo a Constituição. Diz-se até que todo o golpe que destituiu o presidente eleito com mais de 47% dos votos, Evo Morales, foi “de acordo com a Constituição” e em nome da “democracia”. Portanto, o golpe não foi um golpe, apesar do terrorismo e dos pronunciamentos militares, porque deu os resultados que os “democratas” pretendiam: para já, entronizar uma usurpadora.

BOLIVIANOS ESCOLHEM ENTRE A DIGNIDADE E O PASSADO

Crescimento económico de 5% ao ano, 700 mil novos empregos, aumento galopante do consumo e cortes drásticos na pobreza e miséria, inflação mínima, além do reconhecimento de direitos aos povos indígenas: em 13 anos, as presidências de Evo Morales conseguiram o que a Bolívia não teve em 500 anos. Agora é hora do povo escolher entre o reforço dessa nova dignidade e o regresso a um passado de trevas.

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