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O Estado de Israel dispõe de quase 100 bombas nucleares, confirma o Instituto sueco SIPRI. No entanto, o governo de Telavive recusa-se a admitir essa realidade, praticando a chamada “ambiguidade nuclear”. Nem a ONU nem a AIEA querem tomar conhecimento do facto, enquanto contribuem para políticas punitivas contra Iraque, Síria e Irão por programas de extermínio massivo que, comprovadamente, não existem.
A operação para impor uma “solução final” do problema palestiniano dirigida pelos Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita está a adquirir uma envergadura que escapa à comunicação mainstream – o que não acontece por acaso – e também às mais importantes instâncias internacionais, sobretudo à ONU.
A compra da naturalização dos refugiados palestinianos com muito dinheiro oferecido aos países de acolhimento, mirabolantes trocas de pedaços de territórios continentais e insulares, projectos industriais e tecnológicos de encher o olho e ainda a transferência de populações integram o pacote económico do chamado “Acordo do Século” através do qual Trump e Netanyahu pretendem “resolver” o problema central do Médio Oriente – a questão palestiniana. Em termos práticos, trata-se de erradicar a nacionalidade palestiniana, isto é, os palestinianos. Uma forma de “solução final”.
O que está em curso há mais de setenta anos contra o povo palestiniano é um genocídio. Bárbaro. Impune. Ignorado. Branqueado por uma “comunidade internacional” que repudia o próprio direito pelo qual deveria guiar-se; e por uma comunicação social vesga e totalitária que tomou conscientemente o partido dos genocidas, pelo que chega ao comportamento perverso de acusar as vítimas de práticas terroristas.
O embaixador cessante de França nos Estados Unidos, Gérard Araud, não tem dúvidas: Israel é um Estado que pratica o apartheid; e a União Europeia é cúmplice dessa situação aviltante para os direitos humanos agindo como um súbdito dos Estados Unidos e da política terrorista de Israel. Outros diplomatas de Estados membros da União pensam da mesma maneira, mas nada disso se reflecte na acção de Bruxelas e dos governos dos 28. A colonização da Cisjordânia está prestes a transformar-se em anexação e a União Europeia, proclamando-se "farol da democracia", não mexe um dedo para impedir que tal aconteça.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…