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No dia 18 de Outubro de 2019, dezena e meia de tecnocratas de luxo ao serviço das mais altas esferas do regime neoliberal globalista reuniram-se num hotel de Nova York para realizar “um exercício pandémico de alto nível” designado Event 201; consistiu na “simulação de um surto de um novo coronavírus” de âmbito mundial no qual, “à medida que os casos e mortes se avolumam, as consequências tornam-se cada vez mais graves” devido “ao crescimento exponencial semana a semana”. Ninguém ouvira falar ainda de qualquer caso de infecção: estávamos a 20 dias de o jornal britânico Guardian noticiar o aparecimento na China de uma nova doença respiratória provocada – soube-se só algumas semanas depois – por um novo coronavírus. Os dons proféticos dos expoentes do neoliberalismo são, sem dúvida, admiráveis.
Bill Gates, multimilionário dono da Microsoft, formulou em 2015 uma pergunta: “estamos preparados para uma pandemia de gripe?” A questão colocada levou à criação do “Índice de Segurança Global da Saúde” (GHS). Gates, já em 2015, previa as duas possibilidades em discussão acerca da origem desta (futura) pandemia: causas naturais ou bioterrorismo. O índice GHS, publicado em 2019, antecedendo em pouco o surgimento do COVID-19, falhou contudo na antecipação do grau de competência que cada nação hoje demonstra possuir perante a crise do coronavírus.
Entre os incontáveis e arrasadores efeitos geopolíticos do coronavírus, um já está perfeitamente evidente. A China reposicionou-se. Pela primeira vez desde o início das reformas de Deng Xiaoping, em 1978, Pequim encara explicitamente os Estados Unidos como uma ameaça, como declarou há um mês o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique, durante o auge da luta do seu país contra o coronavírus.
Os centros de decisão políticos, económicos e financeiros à escala global parecem ter entrado em estado de choque devido aos efeitos conjugados de uma lentidão da economia que vem de trás e da expansão contínua da epidemia de coronavírus (COVID-19), a que se juntou, nas últimas horas, uma queda a pique do preço do petróleo e das principais bolsas de valores.
O Parlamento Europeu suspende a sua sessão mensal, as pessoas cumprimentam-se com os pés, políticos e futebolistas ficam de mãos estendidas porque os contactos acabaram, competições desportivas são adiadas, evitam-se ajuntamentos. Entretanto a Europa vai ser invadida por 30 mil soldados norte-americanos que, acompanhados por mais dez mil de países da NATO, irão dedicar-se a jogos de guerra contra “a ameaça russa” em dez países europeus, entre os quais a Itália, o mais atingido pelo coronavírus. Disse coronavírus? O que é isso comparado com a “ameaça russa”?
Os poderes globalizados do agronegócio e os impérios informáticos seus aliados estão a lançar novo assalto na guerra pelo controlo global da agricultura e a alimentação, de modo a impor as suas capacidades de decisão e marginalizar o sistema das Nações Unidas. Para isso contam com a colaboração do próprio secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em conivência com o Fórum Económico de Davos, uma expressão institucional do neoliberalismo, e entidades que se têm distinguido igualmente à cabeça da “Agenda Verde” para o clima e a geoengenharia, designadamente filantrocapitalistas como Bill Gates.
Brandon Bryant foi um operador de drones da Força Aérea dos Estados Unidos durante cinco anos. Retirou-se com a consciência de que não era mais do que um assassino à distância, certamente de muitos inocentes, e decidiu dar a conhecer a existência de um massacre organizado de seres humanos sob a designação de “guerra dos drones”, executado no âmbito da “guerra contra o terrorismo”. “Somos piores que os nazis”, confessou.
A pergunta está a tornar-se comum, perante as particularidades e as circunstâncias da epidemia de Coronavírus iniciada na cidade chinesa de Wuhan: tratando-se de uma mutação genética, de onde chegou a mão humana que contribuiu para desencadear a doença? Custa sempre admitir que haja pessoas e instituições capazes de atrocidades destas. Mas olhando um pouco para trás, recordando factos históricos conhecidos, admitidos e comprovados, identificando os seus autores e respectivos interesses, medindo os factos e coincidências podem antever-se respostas sem entrar pela gratuitidade da especulação. O Lado Oculto deixa este texto tentando contribuir para a reflexão informada sobre o tema.
Mais uma edição – a 50ª – do Fórum Económico em Davos, Suíça. O capitalismo neoliberal globalista congregou as suas estrelas mais rutilantes, a par de membros de realezas, presidentes e chefes de governo – toda “uma elite ambientalmente consciente” - para debater, por exemplo, as maneiras como negócios, políticas, manipulação genética, geoengenharia e guerras se harmonizam com o combate às mudanças climáticas, que prejudicam “a ecologia e a economia”. Para isso os trabalhos foram abrilhantados, entre outros, por Donald Trump, a imprescindível Greta Thunberg e o inigualável usurpador Juan Guaidó.
A administração Trump ameaça bloquear a principal conta bancária através da qual o Iraque movimenta as receitas do comércio petrolífero se Bagdade mantiver a exigência de retirada das tropas norte-americanas. Esta é uma das sanções económicas a que os Estados Unidos estão dispostos a recorrer para que não se cumpra a decisão do Parlamento iraquiano contra a ocupação militar.
Antes que a enxurrada de desinformação produzida pela comunicação social corporativa mistifique a história oficial destes dias de guerra, caos e ilegalidade na cena internacional é altura de descodificar a cadeia de acontecimentos para que seja possível distribuir responsabilidades e invalidar mentiras. Se os Estados Unidos da América, como é habitual e natural, sobressaem como os artífices de uma trama que ameaça o planeta, é importante notar que o “nosso mundo civilizado”, com a NATO e a União Europeia à cabeça, não fazem figura de inocentes. Aliás, nem o governo da República Portuguesa se salva.
Ao seguirmos as pisadas desse fenómeno mundial chamado Greta Thunberg iremos encontrar, para surpresa de muitos – de outros, nem tanto – gente bastante graúda, entidades e personalidades através das quais é possível detectar rastos do ex-vice-presidente dos Estados Unidos da América, Al Gore, do Goldman Sachs, o banco dos bancos, da Pepsi, dos maiores fundos de activos do mundo, da Shell, da General Motors, do Google e da Pfizer, de âncoras do neoliberalismo como a OCDE, o FMI ou o Banco Mundial, de ex-membros de governos não menos ultraliberais. E apetece-nos tentar perceber como é que pessoas e organizações que contribuíram para estragar o clima estão agora empenhadas em salvar o clima. A explicação até não será muito difícil se olharmos Thunberg como um instrumento de agitação e propaganda para “legitimar” aquele que se perspectiva como o maior negócio destes tempos.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…