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Em plena polémica sobre a retirada das tropas norte-americanas da Síria, contra a qual se pronunciam desde os democratas a próximos de Trump, eis que um atentado "do Estado Islâmico" mata quatro soldados norte-americanos. Foi em Manjib, Síria, onde existe uma base militar norte-americana, além de ser uma região controlada por milícias curdas protegidas dos Estados Unidos e contrárias à retirada. Um atentado "conveniente", mais um numa guerra que está a servir de laboratório de operações "false flag", de bandeira falsa.
Já existe na Palestina - territórios e diáspora - uma alternativa política à hegemonia paralisante da responsabilidade da Fatah e do Hamas. A Alternativa Democrática Palestiniana, juntando algumas das mais históricas e organizações de resistência como a FDLP, a FPLP e o PPP, surge para quebrar o domínio bipartidário e ultrapassar as divisões internas entre as facções até agora dominantes. Reconquistar a independência da Resistência Palestiniana em relação a Israel e no quadro do mundo árabe é outro dos objectivos da nova coligação, que vem reforçar a organização popular contra a ocupação.
No dia de Natal, seis caças israelitas protegeram-se atrás de voos civis de passageiros para atacar os arredores de Damasco, capital síria. O acto de agressão, que viola normas elementares do Direito Internacional, não mereceu, até agora qualquer palavra de qualquer órgão da ONU, incluindo secretário-geral, e da União Europeia. O acto evidencia duas realidades: Israel sabia que a Síria não ia fazer perigar os aviões de passageiros; o sionismo recorre a todos os meios desumanos para tentar driblar a zona de exclusão aérea instalada para proteger a Síria da agressão internacional.
Donald Trump mandou retirar as tropas norte-americanas da Síria, embora não deixando claro se mantém o apoio aos grupos terroristas infiltrados no país pelas principais potências da NATO e suas aliadas das ditaduras do Golfo. A decisão foi tomada em menos de dois meses e meio e deve-se a uma mudança da relação de forças no terreno com a entrada em funções dos novos sistemas militares fornecidos pela Rússia: as baterias defensivas S-300 e a zona de exclusão aérea sobre a Síria garantida por meios electrónicos. Desde que estes mecanismos estão operacionais os ataques aéreos da "coligação internacional" foram reduzidos em 80%; e desde 18 de Setembro que Israel não tenta qualquer incursão aérea em espaço sírio.
Anti-semitismo é "ódio contra os judeus", reza uma definição que agora foi assumida pela União Europeia. Uma definição que é xenófoba porque marginaliza as formas de ódio contra outros povos semitas, por exemplo os árabes. A versão assumida pelos ministros da União, e que pode servir de base para criminalizar "actos de anti-semitismo", funciona antes como barreira às críticas a Israel, cujo governo tem ele próprio um comportamento anti-semita, xenófobo e racista em relação aos árabes, principalmente os palestinianos.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…