O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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”AJUDAS” DA UE : ITÁLIA NA MIRA DO CAVALO DE TROIKA

Chegaram, viram – e foram vencidos. Os países do Sul da Europa, comandados por Itália e Espanha e com uma ajuda informal de França, perderam mais uma batalha no Eurogrupo frente aos seus vizinhos do Norte. Esta é a realidade da prolongada reunião que antecedeu a Páscoa e que continuou a ser dominada pela Alemanha – por muito que este país tenha tentado manter-se discreto.

A PANDEMIA E O PANDEMÓNIO NO MUNDO CAPITALISTA

A crise mundial que tem por mote o novo coronavírus arrasta-se já há três meses, na sua fase conhecida, desde que o SARS-CoV-2 foi identificado em Wuhan. A doença a que aquele vírus dá origem, a COVID-19, já fez correr “rios de tinta” (ou, melhor dizendo, “de bites”, já que a informação, a análise e a crítica a respeito do tema são produzidas e difundidas em suportes virtuais, no mundo telemático que é, de momento, o único espaço seguro de circulação social (não é, na verdade, o único nem é, também, assim tão seguro como também se sabe).

CHINA ESTENDE A ROTA DA SEDA DA SAÚDE

Quando em meados de Março o presidente chinês, Xi Jinping, conversou por telefone com o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, antes da chegada de um voo da China Eastern de Xangai para Milão carregado de ajuda médica, o assunto principal foi a promessa chinesa de desenvolver uma Rota da Seda da Saúde (Jiankang Sichou Zhilu).

PANDEMIA E SOCIEDADE – NEGACIONISMO É GENOCÍDIO

Acompanhar o desenvolvimento da pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 obriga a um esforço de constante actualização dos dados. O caminho da pandemia, dos seus efeitos, é previsível. Todavia, por cautela imposta em razão da objectividade, vamos aferindo os dados que, infelizmente, confirmam as piores previsões.

GENOCÍDIO, A ORDEM NATURAL DAS COISAS

A “repugnância” do primeiro-ministro da República Portuguesa com o comportamento do ministro das Finanças da Holanda é legítima, saudável, até catártica. Ao mesmo tempo, porém, é estranha e surpreendente. Porque o chefe do governo português não pode ignorar que a atitude de Woepke Hoekstra não é um caso isolado, uma birra pessoal: reflecte exactamente o espírito e a prática da União Europeia, dos quais Portugal vai tendo a sua dose de experiência própria. E quando António Costa afirma dramaticamente que “ou a União Europeia faz o que tem a fazer ou acabará” isso não passa de um banal e inócuo sound bite: sabe perfeitamente que a União Europeia não fará o que, no seu entender de ocasião, “tem a fazer” – salvar pessoas da tragédia do COVID-19 – e muito menos irá acabar por causa disso.

PANDEMIA E SOCIEDADE – ESTATÍSTICAS E POLÍTICA

O SARS-CoV-2, vírus que causa a pandemia por COVID-19 (a doença que provoca em cada infectado), tem estado no centro das atenções a nível global. Tema que abarca múltiplas esferas (médica, de saúde pública, económica, cultural, geopolítica), é objecto de escrutínio permanente, contabilizando-se casos, desfechos fatais e também recuperações, números lidos através de modelos de análise estatística em que se projectam em modo prospectivo o impacto provável em cada local, através do conhecimento que se vai tendo dos casos alheios.

NATO NÃO CANCELA JOGOS DE GUERRA

Os jogos de guerra da NATO na Europa não serão cancelados, informa oficialmente a aliança, apesar da pandemia de coronavírus e das medidas drásticas assumidas pela maioria dos países europeus para tentar proteger os seus cidadãos da “maior crise sanitária do nosso tempo”, segundo a OMS. As gigantescas manobras Defender Europe 20 serão “alteradas” e “alguns exercícios reduzidos”, mas “a capacidade das Forças da NATO para se adaptarem rapidamente a esta situação demonstra poder, flexibilidade e resiliência”, explica o general Todd Voulters, o chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). “Isto torna-nos uma força melhor”, garante.

MH-17: A GRANDE MENTIRA CONTINUA VIVA

Na Holanda decorre um julgamento espectáculo pretensamente associado à tragédia do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH-17 em 17 de Julho de 2014. Na verdade, não é de justiça que tratam os participantes no show, mas sim de tentar validar para a história uma mentira que ultraja a memória de todos os que perderam a vida naquele dia. Os actores participam, afinal, numa grande encenação de viciação geopolítica.

REUNIÃO DA NATO COM GENERAIS INFECTADOS

Um general e parte da guarnição norte-americana da base militar de Wiesbaden, na Alemanha, entrou de quarentena depois de uma reunião de alto nível da NATO em que participaram dois generais infectados com coronavírus.

CORONAVÍRUS? O QUE CONTA É A “AMEAÇA RUSSA”

O Parlamento Europeu suspende a sua sessão mensal, as pessoas cumprimentam-se com os pés, políticos e futebolistas ficam de mãos estendidas porque os contactos acabaram, competições desportivas são adiadas, evitam-se ajuntamentos. Entretanto a Europa vai ser invadida por 30 mil soldados norte-americanos que, acompanhados por mais dez mil de países da NATO, irão dedicar-se a jogos de guerra contra “a ameaça russa” em dez países europeus, entre os quais a Itália, o mais atingido pelo coronavírus. Disse coronavírus? O que é isso comparado com a “ameaça russa”?

WASHINGTON CARREGA A EUROPA DE BOMBAS ATÓMICAS

Cálculos divulgados por associações de cientistas revelam que 100 bombas nucleares dos Estados Unidas estão instaladas na Europa. E a confirmar-se a transferência de engenhos desse tipo da Ásia Menor, na Turquia, para território europeu, presumivelmente Itália, dentro em breve haverá 150 bombas atómicas em Estados membros da União Europeia. Claro que não serão precisas tantas para liquidar o planeta e a humanidade, tornando a ameaça das alterações climáticas uma redundância. Mas os Estados Unidos e, pelos vistos, os dirigentes europeus gostam que os povos estejam reféns de estratégias de terror.

GRETA THUNBERG E A CRUZADA DAS CRIANÇAS VERDES

Ao seguirmos as pisadas desse fenómeno mundial chamado Greta Thunberg iremos encontrar, para surpresa de muitos – de outros, nem tanto – gente bastante graúda, entidades e personalidades através das quais é possível detectar rastos do ex-vice-presidente dos Estados Unidos da América, Al Gore, do Goldman Sachs, o banco dos bancos, da Pepsi, dos maiores fundos de activos do mundo, da Shell, da General Motors, do Google e da Pfizer, de âncoras do neoliberalismo como a OCDE, o FMI ou o Banco Mundial, de ex-membros de governos não menos ultraliberais. E apetece-nos tentar perceber como é que pessoas e organizações que contribuíram para estragar o clima estão agora empenhadas em salvar o clima. A explicação até não será muito difícil se olharmos Thunberg como um instrumento de agitação e propaganda para “legitimar” aquele que se perspectiva como o maior negócio destes tempos.

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