O Lado Oculto é uma publicação livre e independente. As opiniões manifestadas pelos colaboradores não vinculam os membros do Colectivo Redactorial, entidade que define a linha informativa.
Numerosos analistas de inteligência e especialistas políticos citados por vários meios de comunicação social consideram que a administração Trump não tem qualquer prova séria do envolvimento do Irão nos ataques contra petroleiros no Golfo de Omã, pelo que demonstra estar “ansiosa por uma guerra” contra este país. Uma das provas é o facto de o secretário de Estado norte-americano, Michael Pompeo, atribuir agora ao Irão a responsabilidade por ataques cometidos há duas semanas pelos Talibã no Afeganistão.
A humanidade e o planeta estão nas mãos de um triunvirato de energúmenos, indubitavelmente potenciais serial killers, que rodeiam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Não há qualquer maneira de dourar a pílula. Michael Pence, vice-presidente, Michael Pompeo, secretário de Estado, e John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional associam mentalidades políticas fascistas a comportamentos em realidades paralelas nas quais a vida humana não tem qualquer valor.
Movimentações militares, uma reunião de conspiração para agredir a Venezuela, novas sanções contra a Nicarágua e contra Cuba. Nos últimos dias, a ofensiva colonial norte-americana contra a América Latina acelerou-se perante a sucessão de fracassos nas tentativas para derrubar Maduro e impor Guaidó. Um após outro, vão regressando ao activo, pela mão dos fascistas Bolton, Pompeo e Pence da administração Trump, os estrategos terroristas responsáveis por algumas das mais cruéis fases imperialistas no "quintal das traseiras". Uma ofensiva que dinamita as próprias fronteiras regionais, como a União Europeia começa a perceber.
No dia 10 de Abril realizou-se em Washington uma reunião para "avaliar a utilização da força militar na Venezuela". Apesar de "privada" e organizada por um "think tank", o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a reunião conspirativa teve a participação de membros do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional, pertencentes pois à Administração Trump. A lista de participantes, que publicamos no final do artigo, incluiu o almirante Kurt Tidd, que é há muito uma figura de topo nas actividades contra a soberania da Venezuela como comandante do Comando Sul das Forças Navais dos Estados Unidos - cargo que deixou recentemente.
Sanções para um lado, golpes de Estado para outro, invasões militares, ameaças, chantagens para outros, os Estados Unidos desdobram-se em actividades que muitas vezes têm em comum um sinal - um rasto de petróleo. O império move-se a hidrocarbonetos no quadro de uma estratégia que é, de facto, elaborada e afinada com o objectivo de controlar globalmente a energia. O petróleo não explica tudo, mas diz muita coisa.
Sob disfarces vários, mas sob o mesmo pretexto, os Estados Unidos travam a "guerra contra o terrorismo" em 80 países, isto é, 40% das Nações da Terra. Em combate aberto ou sob as capas de "treino" e "assistência", o corpo expedicionário norte-americano é global e imperial, ao mesmo tempo que os efectivos terroristas e o número de organizações terroristas não deixaram de crescer e alastrar desde que o combate foi declarado, a seguir aos mal explicados atentados de 11 de Setembro de 2001. A situação deixa numerosas perguntas no ar, a que os governos, a começar pelo dos Estados Unidos, e as instituições internacionais não estão interessados em responder.
A guerra contra a Venezuela, conduzida pelos Estados Unidos e respectivas colónias regionais, está em marcha. O contexto militar ainda está indefinido, mas as provocações, conspirações, pressões e ameaças não deixam dúvidas. O confronto em andamento, porém, pode não corresponder ao que desejam os promotores. Outros interesses importantes se cruzam na região - e pede estar no horizonte a criação de uma base militar aeronaval russa em território venezuelano.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…