O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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TERRORISMO EM XINJIANG, UMA ARMA DE WASHINGTON

O separatismo na região autónoma chinesa de Xinjiang e a “libertação do povo uigure surgem nos menus ocidentais para “democratizar” a China, mas a realidade nada tem a ver com as intenções proclamadas e a verdadeira situação no território. Além de Xinjiang ter dado o salto do feudalismo para a modernidade em algumas décadas, a região desempenha um papel fulcral nas acções chinesas de internacionalização. Daí que os Estados Unidos e aliados não tenham hesitado em criar e manipular grupos terroristas “uigures” da família da al-Qaida que tanto estão activos internamente como podem ser exportados temporariamente, como aconteceu na guerra contra a Síria.

MANOBRA DE GUERRA DERROTADA NA ONU

A Rússia e a China vetaram uma proposta de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pretendia estabelecer mecanismos ditos de “ajuda humanitária transfronteiriça” para o interior da Síria. A comunicação mainstream aproveitou a situação para desencadear nova campanha de propaganda de guerra contra Damasco, Moscovo e Pequim. No entanto, se fosse de facto a “ajuda humanitária” que estivesse em causa neste processo aos proponentes bastar-lhes-ia fazê-la passar por Damasco, como estabelecem as normas internacionais. Não quiseram.

O RACISMO ENSINADO ÀS CRIANÇAS

O racismo, descriminação de um grupo social com base em características fisionómicas reais ou imaginárias, assenta numa relação de poder profundamente injusta, estando intimamente ligado às sociedades modernas de cariz capitalista.

WASHINGTON TRANSFERE A 5G PARA O CAMPO DA GUERRA

A tecnologia de quinta geração de transmissão móvel de dados (5G) começa a entrar nas nossas vidas, mas antes que isso aconteça em pleno os Estados Unidos puseram em andamento o processo da sua militarização através das próprias redes comerciais, por ficar mais em conta. Liderada pela China na sua componente civil, a 5G transita para o domínio da guerra e da espionagem pela mão dos Estados Unidos, apesar do seu reconhecido atraso nesta novidade tecnológica.

NATO: MATAR É O MAIOR NEGÓCIO

Outro ângulo de abordagem da recente Cimeira da NATO: o do negócio. A NATO transformou a matança na normalidade vigente e fez disso o grande negócio que torna monstruosos os lucros do complexo militar e industrial que gere os Estados Unidos e comanda o império. E sendo essa matança “o maior negócio do Ocidente”, como escreve o analista geopolítico Peter Koenig, todos os argumentos são necessários para justificar a existência de uma aliança que, em boa verdade, não tem razões para existir – além de ser antidemocrática. Por isso, os “inimigos” são inventados para que o chorudo negócio da morte não morra.

A GRANDE ILUSÃO DA ECONOMIA “VERDE”

Sucedem-se as cimeiras climáticas, multiplicam-se as promessas para atingir metas de curto, médio e longo prazo, transformaram-se as questões ambientais em artigos da moda política e mediática e o aquecimento global continua a sua ascensão sem retorno. No centro de toda a novíssima inquietação ecológica estão as elites políticas, governamentais e, sobretudo, empresariais que colocaram o mundo no caminho da catástrofe. Isto é, os que estragam o planeta são os mesmos que cuidam agora de consertá-lo com base em enxurradas de promessas, mas sem mudar de atitudes e comportamentos. Ou seja, a tão propagandeada “economia verde” não passa de uma grande ilusão, melhor dizendo, uma imensa fraude.

NATO: DIVISÃO NAS PALAVRAS, UNIÃO NA GUERRA

Continuamos a publicar opiniões e reflexões sobre a Cimeira da NATO efectuada em Londres. O geopolitólogo italiano Manlio Dinucci reconhece que a reunião manifestou fracturas internas. Porém, em seu entender, essas divisões são secundárias perante os interesses comuns aos mais poderosos entre os aliados, que são reais, profundos e servem de suporte ao regime neoliberal e respectivo complexo militar e industrial implantado nas duas margens do Atlântico.

NATO E A CIMEIRA DO SEU ANACRONISMO

A NATO pretendeu assinalar o seu 70º aniversário de maneira retumbante em Londres mas o tiro saiu-lhe pela culatra e transfigurou o show numa farsa notável. Começou tudo com pompa e circunstância num jantar de gala oferecido pela rainha dos britânicos no Palácio de Buckingham mas, ao cabo de dois dias, o cenário transformou-se, é certo, nas esperadas promessas de mais desestabilização mundial – incluindo no espaço – mas também em zangas, escárnio, mal dizer e facadas pelas costas. Para consumo público oficial tudo acabou em bem, mas a verdade é que existem feridas abertas e que não são apenas narcísicas.

NAZIS UCRANIANOS NOS PROTESTOS DE HONG KONG

Nazis ucranianos do Batalhão Azov e do Sector de Direita, dois pilares do actual regime de Kiev apoiado por Washington e Bruxelas, estão em Hong Kong para orientar e participar nos motins e acções terroristas que no Ocidente são conhecidos como “movimento pró-democracia”. Um dos centros de organização dessa colaboração é uma Liga Liberal Democrática em Kiev financiada pela União Europeia

A FESTA DA GUERRA E OS SEUS ARRUFOS

O presidente francês foi “muito, muito, muito desagradável” e “insultuoso” ao afirmar que “a NATO está em morte cerebral”, disse Donald Trump, o presidente que já qualificou a NATO como “obsoleta” e se queixa, a todo o momento, de que os aliados não pagam o que devem. Os festejos do 70º aniversário da aliança guerreira em Londres prometem.

RÚSSIA REENTRA EM ÁFRICA PERDOANDO DÍVIDAS ANTIGAS

Na recente cimeira Rússia-África, realizada em finais de Outubro em Sochi, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o cancelamento de 20 mil milhões de dólares de dívidas acumuladas por países africanos. Qual o significado deste gesto, que mesmo em Moscovo foi muito criticado como uma generosidade sem sentido? Uma das explicações é o facto de a Rússia estar atenta à política chinesa no continente africano.

GUERRAS DO LÍTIO MOVEM A GEOPOLÍTICA

Golpe de Estado na Bolívia, manobras políticas no Chile que contrariam os objectivos das manifestações populares, intriga política imperial na Austrália, guerras comerciais. Trata-se de acontecimentos que, normalmente, são lidos de forma autónoma com base em incidências locais ou regionais. Porém, não podem ser convenientemente interpretados se não forem observados à luz de manobras geopolíticas de carácter global relacionadas com um novo combustível estratégico, capaz de rivalizar em importância com o petróleo: o lítio. Sem ele não se fabricam as baterias para a indústria de veículos eléctricos, em explosão, e dos mais correntes gadets, a começar pelos telemóveis.

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