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A União Europeia aprovou novas sanções contra a Rússia partindo do princípio de que a detenção em Moscovo de um indivíduo chamado Alexei Navalny é um atentado contra a democracia, os direitos humanos e outros valores que povoam os discursos de Bruxelas mas não correspondem à prática quotidiana. Valerá a criatura, a quem até já a Amnistia Internacional retirou o estatuto de “prisioneiro de consciência”, uma atitude tão drástica que poderá voltar-se contra os interesses dos cidadãos europeus? A seguir irá demonstrar-se que Navalny é um blogueiro de extrema-direita, xenófobo, nacionalista e populista de bom convívio com os fascismos, um oportunista e manobrador político mais ou menos insignificante na sociedade russa. Depois que cada um tire as suas conclusões sobre o que faz correr a União Europeia nesta cruzada contra a Rússia, cumprindo o papel que lhe foi atribuído no guião escrito em Washington.
O primeiro-ministro da República Portuguesa confessou numa declaração transmitida no dia 12 deste mês em jornais televisivos que o processo de vacinação contra a Covid-19 “está fora do nosso controlo”. Alvo de uma barragem de ataques, quantos deles despropositados e oportunistas, não consta, ao invés, que António Costa tenha sido sequer admoestado por admitir a mais grave situação que poderia existir em pleno combate à pandemia. Em causa está a saúde pública e também a própria essência do funcionamento do país como nação independente.
O laboratório político italiano, vocacionado como poucos para impôr fórmulas que mascaram a democracia em nome da democracia, ao serviço das elites económicas e financeiras nacionais e transnacionais, acaba de “solucionar” a crise política no país com mais um “governo de tecnocratas”. Desta feita, o duce é Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu e um conhecido agente do Goldman Sachs, o banco norte-americano que, segundo o seu presidente, desempenha “o papel de Deus na Terra”.
A saga das vacinas em Portugal está distorcida. Centra-se na condenável batota para adulteração das listas de prioridades da vacinação que, apesar da sua gravidade, funciona como cortina de fumo para esconder aspectos muito mais inquietantes do processo, o principal dos quais é a submissão do governo e a abdicação da vontade própria perante a inconcebível e corrupta estratégia de selecção, compra e distribuição conduzida pela Comissão Europeia. Uma estratégia que se guia sobretudo pelo lucro e pela secundarização da saúde pública, desvalorizando e silenciando eventuais riscos associados.
Uma das últimas malfeitorias de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, assumida já depois de ter perdido as eleições, foi mais uma atrocidade contra o direito internacional: o reconhecimento “da soberania marroquina sobre a totalidade do território do Sahara Ocidental”. Significativamente, a decisão passou quase despercebida; não consta que o secretário-geral da ONU, a União Europeia ou o ministro português dos Negócios Estrangeiros tenham manifestado publicamente qualquer reserva em relação a tão flagrante ilegalidade.
Meio milhar de indivíduos celebram os tempos em que vivemos enquanto a democracia vai ficando suspensa com sintomas de irreversibilidade, as grandes massas, ansiosas, disputam o acesso a vacinas produzidas com métodos de manipulação genética jamais experimentados em seres humanos e as economias nacionais se afundam.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, admitiu que interveio pessoalmente para obstruir as investigações parlamentares sobre o envio de milhões de euros de dinheiro público para grupos terroristas que actuam na guerra contra a Síria. Este novo capítulo sobre o envolvimento do governo de Haia na operação terrorista que flagela o povo e o território sírios desde 2011 demonstra a hipocrisia flagrante das políticas da Holanda e, por extensão, da União Europeia, sobre o alegado “combate ao terrorismo” e a protecção dos direitos humanos.
Um alto quadro do Conselho de Administração do gigante energético italiano ENI e membro altamente remunerado de duas comissões da mesma empresa é conselheiro especial do chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrel, cujo gabinete se “esqueceu” de informar a Comissão Europeia sobre a sua nomeação.
O Frontex, a polícia fronteiriça da União Europeia e do Espaço Schengen, está na linha da frente ao serviço das conveniências xenófobas dos 27, não hesitando para isso em violar as convenções internacionais marítimas e recorrendo até a requintados métodos de tortura contra refugiados. A própria República Portuguesa não está isenta de responsabilidades nestas práticas: para que conste, embarcações da Polícia Marítima foram identificadas em investigações relacionadas com a perseguição a refugiados, designadamente no Mar Egeu.
Obviamente é uma “revolução colorida” posta em movimento pelas habitais agências norte-americanas de “mudança de regime”, com apoio activo da União Europeia. Nada do que acontece actualmente em Minsk, na Bielorrússia, é novo: já foi observado na Geórgia, no Cazaquistão, na Moldávia, nas “primaveras árabes”, durante mais de vinte anos na Venezuela, na Nicarágua e, claro, sobretudo na Praça Maidan, em Kiev. Não se trata, mais uma vez, de instaurar a “democracia”, como proclamam os manifestantes, certamente muitos na sua ingenuidade manipulada por eficazes e dispendiosos instrumentos de propaganda; pretende-se criar um regime ao serviço do Departamento de Estado de Washington, de Bruxelas e da NATO para instalar um novo posto avançado do cerco à Federação Russa nas suas próprias fronteiras. Nem que essa “democracia” seja imposta por forças militarizadas nazis, como acontece na Ucrânia e já se vislumbra em Minsk.
Portugal e a Itália estão entre os países subcontratantes do Pentágono no Mediterrâneo e em África. Se bem que o Comando Africano dos Estados Unidos (AfriCom) permaneça ainda na Alemanha, Washington delegou uma parte das missões marítimas e todas as operações terrestres na Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Estónia, Noruega, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suécia e República Checa, sob comando da França. A parte norte-americana conserva, bem entendido, o controlo das operações, designadamente por via aérea. Velhos e novos aparelhos coloniais em marcha, travestidos de “missões de paz”, actuam além-fronteiras para servirem interesses estratégicos e económicos. O exemplo de Itália.
“Histórico”! O adjectivo ainda hoje ecoa para saudar o acordo entre os membros da União Europeia e que supostamente faz chover sobre as nossas cabeças os milhões que irão aliviar-nos dos males económicos da COVID-19. Este é o conto de fadas. A realidade, por isso, nada tem a ver com ele. Chegam milhões a “fundo perdido” e por empréstimo que vão custar caro aos contribuintes, não poderão ser aplicados onde verdadeiramente fazem falta aos cidadãos – na saúde e outras vertentes sociais – e que ainda aliviam os países ricos, ditos “frugais”, de boa parte dos encargos com o orçamento europeu. Este é o preço da “unidade”: austeridade, financiamento de empresas privadas em sectores que não estão directamente ligados ao emprego e outros interesses sociais, novas amarras financeiras sem dividendos económicos onde são mais necessários, encargos aumentados com o orçamento da União. Por isso os mercados financeiros não cabem em si de contentes; enquanto as pessoas terão mais do mesmo porque a “recuperação” não é para elas.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…